A escravidão foi um ato que
definia o ser humano como mercadoria, sendo ele obrigado a trabalhar sem remuneração,
ou seja, sem salario. Era trabalho pesado a troco de nada. Praticada no Brasil
principalmente durante o processo de colonização, o escravismo foi um ato
legal durante séculos, sem qualquer restringimentos perante a lei.
Embora movimentos abolicionistas
iniciados a partir do século XIX ilegalizarem qualquer tipo de escravatura ou
tráfico de escravos, a escravidão não se extinguiu, apenas modificou-se e se “disfarçou”.
Apesar de tomar outras formas, a escravidão
continua presente nos dias de hoje. Esse tipo de escravidão denominada
Escravidão Moderna, caracteriza-se não pela venda ou compra de pessoas, mas por
condições irregulares de trabalho forçado, sendo os indivíduos submetidos a
situações que infringem as leis do trabalhador, tais como ameaças, violência
físicas e psicológicas, além de outras formas de intimidações.
A coação é uma das praticas mais
usadas na escravidão moderna, onde o trabalhador é forçado a fazer suas
responsabilidades através de chantagem e constrangimentos físicos e morais. No
Brasil, é grande o número de madeireiras ilegais na qual uma vez funcionário, a
saída de lá não é uma opção, os indivíduos são obrigados a permanecer lá
escravizados.

Não de exclusividade rural, o
trabalho escravo moderno também se encontra no meio urbano, onde é comum ver o excesso
de trabalho degradante de muitas horas, por um salario muito abaixo do
rendimento real. Exemplos disso são muitos ambulantes - na maioria dos casos
vindos de outros países da américa-latina, como Bolívia - que sobrevivem do artesanato ao redor
da cidade.
A realidade brasileira em questão
de exploração no trabalho não é muito boa,
reconhecido por uma mão de obra barata e um alto índice de trabalho
escravo ilegal.
Na tentativa de proteger o trabalhador desse
tipo de desvantagens, o governo cria leis desde 1943, época em que o nosso
presidente Getúlio Vargas representava o povo trabalhador. De lá pra cá muitas
leis surgiram e poucas fizeram efeito.
O fato é que apesar da lei assinada
pela princesa Isabel em 1888 banir qualquer ato de escravismo, a escravidão não
se extinguiu, e está presente nos tempos contemporâneos, em baixo dos nossos
olhos. O que tem que ser feito é uma fiscalização rigorosa e maiores punições
para quem transgredir as leis trabalhistas. Se não for assim, iremos continuar
perdendo profissionais para feitores e capitães-do-mato de alto nível, que sabe
ser persuasivo e sigiloso, fazendo com que nós acreditemos que o trabalho
escravo não existe mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário