quinta-feira, 9 de agosto de 2012

É Proibido Proibir


Nessa última terça-feira, completou 70 anos de idade um dos maiores talentos da musica popular brasileira. Caetano Veloso, um dos maiores músicos da atualidade, foi também um dos mais polêmicos, demonstrando desde o início de sua carreira uma imposição em relação à política nacional.
Considerado um dos maiores compositores do século XX, Caetano foi reconhecido por sua forte opinião social, chegando a ser preso durante  o período de ditadura militar no Brasil.
Com letras polêmicas que contestavam a posição política do país, Caetano Veloso foi caçado, preso e exilado do Brasil.
Uma das letras que mais causaram essa inimizade entre o regime militar e o cantor, foi lançada em 1977, “É proibido proibir” durante um período onde o regime ainda se mostrava consistente. A música se tornou motivo de inspiração para a população jovem do país, dividindo a opinião da sociedade em dois, na qual associados ao regime eram contra.
A letra expressa um sentimento de rebeldia, tradicional do jovem, que pensa em se impor contra o sistema, contra proibições como no trecho em que fala:
“Derrubar as prateleiras
As estátuas, as estantes
As vidraças, louças
Livros, sim…
E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir…”
Hoje Caetano Veloso é reconhecido por ser um dos mais reconhecidos no país, tendo grande influência em social. Conquistou não menos pelo o que batalhou, liberdade de expressão e de opinião, na busca por uma sociedade mais aceitável.  Parabéns a este incrível exemplo não só na musica mas um exemplo de cidadão.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ecravidão Disfarçada


A escravidão foi um ato que definia o ser humano como mercadoria, sendo ele obrigado a trabalhar sem remuneração, ou seja, sem salario. Era trabalho pesado a troco de nada. Praticada no Brasil principalmente  durante o processo de colonização, o escravismo foi um ato legal durante séculos, sem qualquer restringimentos perante a lei.
Embora movimentos abolicionistas iniciados a partir do século XIX ilegalizarem qualquer tipo de escravatura ou tráfico de escravos, a escravidão não se extinguiu, apenas modificou-se e se “disfarçou”.
Apesar de tomar outras formas, a escravidão continua presente nos dias de hoje. Esse tipo de escravidão denominada Escravidão Moderna, caracteriza-se não pela venda ou compra de pessoas, mas por condições irregulares de trabalho forçado, sendo os indivíduos submetidos a situações que infringem as leis do trabalhador, tais como ameaças, violência físicas e psicológicas, além de outras formas de intimidações.
A coação é uma das praticas mais usadas na escravidão moderna, onde o trabalhador é forçado a fazer suas responsabilidades através de chantagem e constrangimentos físicos e morais. No Brasil, é grande o número de madeireiras ilegais na qual uma vez funcionário, a saída de lá não é uma opção, os indivíduos são obrigados a permanecer lá escravizados.
Além disso, o escravo moderno é privado de sua liberdade, coincidindo com a antiga escravidão, que mantinha seus protagonistas em cativeiros. A moderna não se distancia muito, isolando-os geograficamente, na qual áreas rurais são de fundamental preferência. Entende-se também como negação de liberdade, o fato de os trabalhadores terem seus documentos retidos, e tornarem-se incapazes de se transferir para outro lugar por conta disso. Presos em papéis!
Não de exclusividade rural, o trabalho escravo moderno também se encontra no meio urbano, onde é comum ver o excesso de trabalho degradante de muitas horas, por um salario muito abaixo do rendimento real. Exemplos disso são muitos ambulantes - na maioria dos casos vindos de outros países da américa-latina, como Bolívia - que sobrevivem do artesanato ao redor da cidade.
A realidade brasileira em questão de exploração no trabalho não é muito boa,  reconhecido por uma mão de obra barata e um alto índice de trabalho escravo ilegal.
 Na tentativa de proteger o trabalhador desse tipo de desvantagens, o governo cria leis desde 1943, época em que o nosso presidente Getúlio Vargas representava o povo trabalhador. De lá pra cá muitas leis surgiram e poucas fizeram efeito.
O fato é que apesar da lei assinada pela princesa Isabel em 1888 banir qualquer ato de escravismo, a escravidão não se extinguiu, e está presente nos tempos contemporâneos, em baixo dos nossos olhos. O que tem que ser feito é uma fiscalização rigorosa e maiores punições para quem transgredir as leis trabalhistas. Se não for assim, iremos continuar perdendo profissionais para feitores e capitães-do-mato de alto nível, que sabe ser persuasivo e sigiloso, fazendo com que nós acreditemos que o trabalho escravo não existe mais.

terça-feira, 27 de março de 2012

Abuso de Autoridade

Resenha de Português


Graciliano Ramos, um dos maiores escritores literários brasileiro, foi conhecido por obras que retratam o drama da realidade nordestina. Abordando temas sociológicos o autor critica a política brasileira que ignora essa região do país, isolando-a juntamente com a miséria, as secas e a fome.
Um dos livros de maior sucesso de Graciliano que retrata o assunto, é “Vidas Secas”. O livro conta a historia de uma família nordestina que vive em uma época de um nordeste miserável, e tenta sobreviver à seca.
Entre os capítulos do livro, um dos que mais nos chama a atenção  é “Cadeia”, capitulo em que Fabiano, trabalhador e pai de família, é vitima da “autoridade” de uma soldado amarelo, que o humilha, agride e o prende, sem qualquer motivo.
Durante uma tarde ardente, na tentativa de sobreviver à seca, Fabiano vai à feira da cidade em busca de mantimentos. Com sua ignorância e falta de conhecimento, desconfiava de todos, certo de que os caixeiros o furtavam no preço e na medida. A certo ponto, irritado com a vida, Fabiano foi sentar-se na calçada, quando um Soldado Amarelo chamou-o para um jogo.
Embora tivesse um corpo de touro, Fabiano tinha a mente pequena, não desejava muita coisa, e obedecia a todos aqueles que eram autoridade, aqueles que falavam bem, que sabiam usar as palavras.
Fabiano, obedecendo então a ordem do soldado, aceitou o convite e foi jogar uma partida de cartas. Em pouco tempo, porém, perdera todo o dinheiro que possuía. Ao sair da mesa com raiva, Fabiano provocou a ira do Soldado Amarelo, que achando tal ato um desrespeito, fora tirar satisfações com o cabra. O Soldado insultou-o, humilhou-o, agrediu-o, e arranjando qualquer motivo o prendeu.
Como não possuía um vocabulário mais arranjado, Fabiano ouviu as acusações sem se manifestar nem se defender, e acabou em uma cela na solidão de sua ignorância. Dentro da cela começa a questionar-se sobre quais foram os fatos que o levaram até ali. A falta de instrução e educação sem dúvida foi um dos principais fatores, mas pode-se prender um cabra apenas por ser bruto ?
Ao observar os detentos das celas ao lado, percebe que nenhuma daquelas pessoas sabiam se defender do abuso de autoridade dos Soldados Amarelos, percebe que eles não serviam para nada, assim como ele, eram apenas mais brutos que trabalhavam para a gente que sabiam falar bem. Fabiano se acostumara com a violência e a injustiça que sofria, assim como todos os outros trabalhadores. Não gostavam de como viviam, mas se acostumavam e não faziam nada para mudar sua situação, desejavam pouco e estavam determinados a viver assim para o resto de suas vidas, assim como seus filhos e netos, que iriam trabalhar para as pessoas que possuíam um vocabulário mais complexo.
O capitulo descreve cenas que se assemelham com algumas que ainda se passam nos dias de hoje, pessoas menos instruídas que as outras são vítimas do abuso da autoridade de “Soldados Amarelos”. Graciliano consegue reunir textos psicológicos e sociológicos no capítulo, nos fazendo refletir sobre a questão, de que o abuso de autoridade são apenas aplicados por que nós os permitimos.
Enquanto houver a ignorância, haverá sempre “Soldados Amarelos” ignorando os nossos direitos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Ler

Ler é abrir a mente. Ler é assistir um filme no qual é você quem criar as cenas e os personagens. É dar asas à imaginação, e abrir a porta para um mundo cheio de emoções. Mas além de tudo, ler é um desafio... 
Ler esses livros teens aí, tipo Harry Potter, Crepúsculo, de boa... agora vai ler um de literatura pura, exemplo : Vidas Secas.
É complicado rs... 
A pedido do meu professor de português, eu estou lendo ele. Além da linguagem, um tanto "diferente", o autor não se cansa de usar metáforas, deixando a leitura um pouco cansativa. Porém, apesar de tudo, eu o recomendo, não só por ser um ótimo livro, mas também, por ele ser de muita importância na vida de cada um de nós, afinal ele caí no vestibular esse ano rs. 







"Ler é sonhar pela mão de outrem."
                                                                                                          Fernando Pessoa